O tridente (triśūlābija manḍalam), símbolo e yantra de Paramashiva, representando a tríplice energia de parā, parā-aparā e aparā śakti
Shaivágama Yoga é o Yoga do Shaivismo da Caxemira. O Espaço Kaula elaborou um workshop (um a dois dias) e um curso completo (doze meses) de Shaivágama Yoga ou a prática do Yoga conforme exposta no Shiva-Sútras, o cânone central do Shaivismo da Caxemira.
“Consciência” é a mais profunda experiência na vida. Entre muitas tradições que nasceram no seio do continente pan-indiano, a antiga filosofia do Shaivismo da Caxemira desenvolveu um elaborado sistema de exploração da Consciência jamais visto em outras tradições.
Até o presente, o Shaivismo da Caxemira foi um intricado campo esotérico apenas acessível a eruditos e pesquisadores tanto práticos quanto teóricos. O Espaço Kaula é um dos pioneiros em apresentar a sabedoria desta poderosa tradição de maneira encantadora e inspiradora a todos os buscadores da sabedoria universal.
Neste curso ou workshop exploraremos técnicas com riqueza de detalhes, elucidando idéias com práticas meditativas, delineando um sistema de aprendizado de fácil assimilação.
O curso ou workshop de Shaivágama Yoga irá guiá-lo em uma investigação profunda nos rincões mais profundos de sua Consciência.
Nós recebemos os alunos em nossa casa, em um ambiente familiar denominado "Kula", segundo a nossa tradição. Este curso extensivo ou o workshop pode ser feito em sua escola ou cidade. Entre em contato conosco pelo e-mail: kaulayoga@hotmail.com. Será um prazer respondê-lo.
“Consciência” é a mais profunda experiência na vida. Entre muitas tradições que nasceram no seio do continente pan-indiano, a antiga filosofia do Shaivismo da Caxemira desenvolveu um elaborado sistema de exploração da Consciência jamais visto em outras tradições.
Até o presente, o Shaivismo da Caxemira foi um intricado campo esotérico apenas acessível a eruditos e pesquisadores tanto práticos quanto teóricos. O Espaço Kaula é um dos pioneiros em apresentar a sabedoria desta poderosa tradição de maneira encantadora e inspiradora a todos os buscadores da sabedoria universal.
Neste curso ou workshop exploraremos técnicas com riqueza de detalhes, elucidando idéias com práticas meditativas, delineando um sistema de aprendizado de fácil assimilação.
O curso ou workshop de Shaivágama Yoga irá guiá-lo em uma investigação profunda nos rincões mais profundos de sua Consciência.
Nós recebemos os alunos em nossa casa, em um ambiente familiar denominado "Kula", segundo a nossa tradição. Este curso extensivo ou o workshop pode ser feito em sua escola ou cidade. Entre em contato conosco pelo e-mail: kaulayoga@hotmail.com. Será um prazer respondê-lo.
A Prática do Shaivismo da Caxemira
Quando nos referimos ao estudo do Shaivismo, remetemo-nos a um dos sistemas de conhecimento mais antigos do planeta, muito citado nas escrituras hindus e também por um grande número de historiadores, pesquisadores e adeptos ocidentais.
O Shaivismo tem sua fundamentação no Shaivacharatantrika, uma das sete principais escolas (sampradáya) shaivas da Índia.
Esse sistema não faz parte dos darshanas (pontos de vista) do Hinduismo. É um sistema próprio de filosofia e prática, não tendo sua origem em nenhuma outra escola.
Os ensinamentos shaiva são considerados shruti, i.e. vieram de uma revelação a um siddha da Caxemira chamado Vasuguptáchárya que, ao receber orientações do próprio Shiva, foi-lhe deixado um tratado chamado Shiva-Sútra que é o principal cânone deste sistema, seguido por outros, feitos por um número considerável de mestres e adeptos no decorrer dos séculos.
O Shiva-Sútra fundamenta-se no princípio de que Shiva é reconhecido como a Realidade Suprema, o Ser Primordial, Paramashiva ou Consciência Cósmica.
Este tratado consta de três upáyas de desenvolvimento: Anavopáya, Shaktopáya e Shambhavopáya.
Anavopáya é o meio (upáya) referido à alma individual. Sua prática é conseguir livrar a natureza de sua ignorância. Esta é a forma mais comum de desenvolvimento com esforço, que pode ser alcançado de cinco maneiras: Uccára, Kárana, Dhyána, Várna e Sthánakalpaná.
Dhyána: É uma meditação. Aqui, o aspirante concentrado no Senhor, estando na forma de lótus (padmásana), se aprofunda em seu íntimo, descobrindo a verdadeira realidade da Consciência Cósmica.
Uccára: Aqui o buscador desenvolve o conhecimento e respira de forma específica, ajustando sua consciência a cada respiração.
Várna: Conduz-se na forma de ouvir o várnopásana na meditação. Esta é, principalmente, uma prática de meditação específica no anáhatacakra (similar a prática do nádánusandhána do Hatha Yoga) e conduz o indivíduo à realização da sua verdadeira natureza.
Kárana:Uma prática que se dá através dos órgãos dos sentidos e das ações e condutas nas atividades diárias. Essa prática se associa a Shaktopáya e é considerada uma das principais práticas neste upáya.
Sthánakalpaná: O indivíduo dirige sua consciência em alguns centros médios do corpo como o anáhatacakra, ou ájñácakra. A recitação simultânea de mantras somente com a mente. Pode ser mencionado que todas estas práticas de Anavopáya estão conectadas com uma prática do cakrodáya e pontos particulares da concentração.
Shaktopáya é a prática do nível intermediário deste sistema. Aqui o desenvolvimento ocorre por práticas com os mantras, realizados com um sentido mais avançado de entendimento. Nesta recitação de mantras a característica principal é Jñána. Nesta via, o praticante começa a se reconhecer quase sem diferenças com o Ser em sua realização. Começa a se desenvolver na via do reconhecimento do “Eu”, o conhecimento transcendental e passa da dualidade à unidade.
Shambhavopáya é uma trajetória na qual o conhecimento da última realidade vem com a prática de esvaziar a mente de absolutamente todos os pensamentos, se reconhecendo como o Ser. Para conseguir se estabelecer nesse curso, o yogí passa a viver no conhecimento de que o universo inteiro subsiste no espelho de sua própria consciência em um sentido universal. A percepção do primeiro fluxo de todas as atividades universais que resultam no estado de Shambho (Shiva).
Compreendendo que tudo, os sons, palavras e expressões, são um mesmo com o Supremo, o shavayogí eleva sempre sua consciência ao Supremo, deixando que ela volte desintegrada no som individual (náda) onde se combina, em última instância, com o Supremo do estado Transcendental. Dessa forma, pela graça do Senhor (Shiva), sua mente é remetida para o estado de Shambhava Samádhi.
A terceira forma de Shambhavopáya é a prática do Eu-Universal. O indivíduo tem que desenvolver o som das palavras e o sentido de que ele é o Ser, vivendo plenamente cada ação. Desenvolvendo este processo, o shaivayogí entra no estado de Shambhava. Estas três formas de Shambhavopáya se associam ao Shaivismo da Caxemira.
Anavopáya é chamado Kriyápaya, porque é experimentado por métodos de ação como recitação de mantras, regulação da respiração, fixação de posturas e de se conectar a uma certa forma divina.
Shaktopáya é chamado Jñánopáya porque é experimentado por métodos de gnose como o reconhecimento do Ser de forma assertiva: “Eu sou Shiva”; “sou Eu o Deus da Consciência e Bem-aventurança”; “o Ser Transcendental” etc.
O terceiro upáya, Shambhavopaya, é chamado de Icchopáya, a via da vontade somente. Neste upáya o buscador vive no mundo do primeiro movimento de todas as ações e de todo o conhecimento. Isso tem significado somente para as grandes almas que tenham desenvolvido o conhecimento de cit (Consciência) com a habilidade do Senhor (Shiva).
Existe outro método mais elevado, sem definição e sem esforço chamado Anupáya. Nascido de Shambhavopáya, é um elevado estado de consciência denominado Anandopáyan (Caminho da Bem-aventurança). Nesse estado, o yogí tem que residir no conhecimento do Transcendental.
Assim como um veneno de uma serpente é transmitido a certa distância para uma pessoa, da mesma forma o mero pensamento de alguém que tenha atingido o estado de Anupáya entra no reino da Bem-aventurança Transcendental. Assim como o pequeno contato da chama de uma vela outra é acesa com o mesmo esplendor, da mesma forma o contato intencional de um grande yogí que reside no estado de Anupáya faz com que o sádhaka entre nesse mesmo estado sem diferenciar o mestre do discípulo. Portanto o método deste upáya, sem nenhuma dúvida, leva a impressão da imortalidade.
O Shaivismo tem sua fundamentação no Shaivacharatantrika, uma das sete principais escolas (sampradáya) shaivas da Índia.
Esse sistema não faz parte dos darshanas (pontos de vista) do Hinduismo. É um sistema próprio de filosofia e prática, não tendo sua origem em nenhuma outra escola.
Os ensinamentos shaiva são considerados shruti, i.e. vieram de uma revelação a um siddha da Caxemira chamado Vasuguptáchárya que, ao receber orientações do próprio Shiva, foi-lhe deixado um tratado chamado Shiva-Sútra que é o principal cânone deste sistema, seguido por outros, feitos por um número considerável de mestres e adeptos no decorrer dos séculos.
O Shiva-Sútra fundamenta-se no princípio de que Shiva é reconhecido como a Realidade Suprema, o Ser Primordial, Paramashiva ou Consciência Cósmica.
Este tratado consta de três upáyas de desenvolvimento: Anavopáya, Shaktopáya e Shambhavopáya.
Anavopáya é o meio (upáya) referido à alma individual. Sua prática é conseguir livrar a natureza de sua ignorância. Esta é a forma mais comum de desenvolvimento com esforço, que pode ser alcançado de cinco maneiras: Uccára, Kárana, Dhyána, Várna e Sthánakalpaná.
Dhyána: É uma meditação. Aqui, o aspirante concentrado no Senhor, estando na forma de lótus (padmásana), se aprofunda em seu íntimo, descobrindo a verdadeira realidade da Consciência Cósmica.
Uccára: Aqui o buscador desenvolve o conhecimento e respira de forma específica, ajustando sua consciência a cada respiração.
Várna: Conduz-se na forma de ouvir o várnopásana na meditação. Esta é, principalmente, uma prática de meditação específica no anáhatacakra (similar a prática do nádánusandhána do Hatha Yoga) e conduz o indivíduo à realização da sua verdadeira natureza.
Kárana:Uma prática que se dá através dos órgãos dos sentidos e das ações e condutas nas atividades diárias. Essa prática se associa a Shaktopáya e é considerada uma das principais práticas neste upáya.
Sthánakalpaná: O indivíduo dirige sua consciência em alguns centros médios do corpo como o anáhatacakra, ou ájñácakra. A recitação simultânea de mantras somente com a mente. Pode ser mencionado que todas estas práticas de Anavopáya estão conectadas com uma prática do cakrodáya e pontos particulares da concentração.
Shaktopáya é a prática do nível intermediário deste sistema. Aqui o desenvolvimento ocorre por práticas com os mantras, realizados com um sentido mais avançado de entendimento. Nesta recitação de mantras a característica principal é Jñána. Nesta via, o praticante começa a se reconhecer quase sem diferenças com o Ser em sua realização. Começa a se desenvolver na via do reconhecimento do “Eu”, o conhecimento transcendental e passa da dualidade à unidade.
Shambhavopáya é uma trajetória na qual o conhecimento da última realidade vem com a prática de esvaziar a mente de absolutamente todos os pensamentos, se reconhecendo como o Ser. Para conseguir se estabelecer nesse curso, o yogí passa a viver no conhecimento de que o universo inteiro subsiste no espelho de sua própria consciência em um sentido universal. A percepção do primeiro fluxo de todas as atividades universais que resultam no estado de Shambho (Shiva).
Compreendendo que tudo, os sons, palavras e expressões, são um mesmo com o Supremo, o shavayogí eleva sempre sua consciência ao Supremo, deixando que ela volte desintegrada no som individual (náda) onde se combina, em última instância, com o Supremo do estado Transcendental. Dessa forma, pela graça do Senhor (Shiva), sua mente é remetida para o estado de Shambhava Samádhi.
A terceira forma de Shambhavopáya é a prática do Eu-Universal. O indivíduo tem que desenvolver o som das palavras e o sentido de que ele é o Ser, vivendo plenamente cada ação. Desenvolvendo este processo, o shaivayogí entra no estado de Shambhava. Estas três formas de Shambhavopáya se associam ao Shaivismo da Caxemira.
Anavopáya é chamado Kriyápaya, porque é experimentado por métodos de ação como recitação de mantras, regulação da respiração, fixação de posturas e de se conectar a uma certa forma divina.
Shaktopáya é chamado Jñánopáya porque é experimentado por métodos de gnose como o reconhecimento do Ser de forma assertiva: “Eu sou Shiva”; “sou Eu o Deus da Consciência e Bem-aventurança”; “o Ser Transcendental” etc.
O terceiro upáya, Shambhavopaya, é chamado de Icchopáya, a via da vontade somente. Neste upáya o buscador vive no mundo do primeiro movimento de todas as ações e de todo o conhecimento. Isso tem significado somente para as grandes almas que tenham desenvolvido o conhecimento de cit (Consciência) com a habilidade do Senhor (Shiva).
Existe outro método mais elevado, sem definição e sem esforço chamado Anupáya. Nascido de Shambhavopáya, é um elevado estado de consciência denominado Anandopáyan (Caminho da Bem-aventurança). Nesse estado, o yogí tem que residir no conhecimento do Transcendental.
Assim como um veneno de uma serpente é transmitido a certa distância para uma pessoa, da mesma forma o mero pensamento de alguém que tenha atingido o estado de Anupáya entra no reino da Bem-aventurança Transcendental. Assim como o pequeno contato da chama de uma vela outra é acesa com o mesmo esplendor, da mesma forma o contato intencional de um grande yogí que reside no estado de Anupáya faz com que o sádhaka entre nesse mesmo estado sem diferenciar o mestre do discípulo. Portanto o método deste upáya, sem nenhuma dúvida, leva a impressão da imortalidade.
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